PRÁTICAS ESTRATÉGICAS DE UMA ESCOLA SEM FINS LUCRATIVOS: DESAFIOS PARA ATINGIR O EQUILÍBRIO ENTRE MISSÃO SOCIAL E SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
Resumo
As escolas são consideradas organizações complexas (MEYER, 2007), pois são permeadas por pluralidades, ambiguidades e incertezas (PASCUCCI; MEYER, 2013). A escola foco deste estudo não visa lucros e está ligada à uma instituição religiosa. Considerando as ideias de Moore (2000), percebe-se que as organizações sem fins lucrativos têm passado por uma crise de identidade. Nesse sentido, a partir do uso da abordagem da estratégia como prática social, este estudo teve como objetivo identificar quais as práticas utilizadas por uma Escola X, vinculada a uma instituição religiosa e sem fins lucrativos, para equilibrar a dualidade entre sustentabilidade e missão social. Com isso, o artigo trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo em vista que busca explicar rotinas, momentos problemáticos e significados que fazem parte da vida dos indivíduos da escola a ser estudada (DENZIN; LINCOLN, 2000), sendo os dados tradados mediante análise de conteúdo e análise documental (BARDIN, 1977). Como resultado, foi observado que, ao invés de práticas institucionalizadas, existe uma incidência muito maior de praxis estratégicas na Escola X.Referências
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BAUER, M.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2002.
DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Introduction: The Discipline and Practice of Qualitative Research. In: DENZIN, N. K. & LINCOLN, Y. (Orgs). Handbook of Qualitative Research. 2ed. Thousand Oaks: Sage Publications, 2000.
ESCOLA LUTERANA. Pesquisa de Satisfação 2013. Vila Velha, 2013.
ESCOLA LUTERANA. Planejamento Estratégico 2010-2014. Vila Velha, 2010.
GILMARTIN, M. J.; FREEMAN, R. E. Business ethics and health care: A stakeholder perspective. Health Care Management Review, v. 27, n. 2, p. 52-63, 2002.
JARZABKOWSKI, P. Strategic practices: an activity theory perspective on continuity and change. Journal of Management Studies, v. 40, n. 1, p. 23-55, 2003.
JARZABKOWSKI, P.; FENTON, E. Strategizing and organizing in pluralistic contexts. Long Range Planning, v. 39, p. 631-648, 2006.
JARZABKOWSKI, P.; BALOGUN, J.; SEIDL, D.. Strategizing: the challenges of a practice perspective. Human Relations, v. 60, n. 1, p. 5-27, 2007.
MCDANIEL, R. R. Management strategies for complex adaptive systems: sensemaking, learning, and improvisation. Performance Improvement Quarterly, v. 20, n. 2, 21-41, 2007.
MEYER, V., Jr. A escola como organização complexa. In EYING, A.; GHISI, M. L. (Eds.), Políticas e gestão da educação superior. Curitiba: Champagnat, 2007, p. 231-261.
MOORE, M. H. Managing for Value: Organizational Strategy in For-Profit, Nonprofit and Governmental Organizations. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, v. 29, p. 183-204, 2000.
PASCUCCI, L. M.; MEYER JR., V. Estratégia em contextos complexos e pluralistas. Revista de Administração Contemporânea, v. 17, n. 15, p. 536-555, 2013.
PASCUCCI, L. M.; MEYER, V.; MURPHY, J. P Strategic Practices in Nonprofit Hospitals: the Convergence of Social Mission and Sustainability. In: ENANPAD, 2010, Rio de Janeiro. XXXIV ENANPAD, 2010.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1999.
RICHARDSON, K. A. Managing complex organizations: complexity thinking and the science and art of management. Corporate Finance Review. v. 13, n.1, jul-ago, 2008.
STACEY, R. D. Strategy as order emerging from chaos. Long Range Planning. Oxford, v. 26, n. 1, fev. 1993.
WHITTINGTON, R. Completing the Practice Turn in Strategy Research. Organization Studies, v. 27, n. 5, p. 613-634, 2006.
Os Direitos autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em um periódico de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não comerciais.
.jpg)
